jueves, 31 de marzo de 2011

O Vendedor de Balões


Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.

Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.


Havia ali perto um menino
negro.

Estava observando o vendedor e é claro apreciando os balões.


Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.


Todos foram subindo até sumirem de vista.


O menino, de olhar atento, seguia a cada um.


Ficava imaginando mil coisas...


Mas uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.


Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:


- Moço, se o senhor soltasse o balão preto,

ele subiria tanto quanto os outros ?

O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:


- Não é a cor, filho
,
É o que está dentro dele que o faz subir.

Fuente: www.sonhosbr.com.br

História do café no Brasil

As origens do café

Corre uma lenda sobre as origens do café contando que, num dado momento do século III d. C., um pastor de cabras, chamado Kaldi, certa noite ficou ansioso quando suas cabras não retornaram ao rebanho. Quando saiu para procurá-las, encontrou-as saltitando próximo a um arbusto cujos frutos estavam mastigando e que obviamente foi o que lhes deu a estranha energia que Kaldi nunca vira antes. Dizem que ele mesmo experimentou os frutos e descobriu que eles o enchiam de energia, como aconteceu com o seu rebanho. Kaldi evidentemente i levou essa maravilhosa "dádiva divina" ao mosteiro local, mas as reações não foram favoráveis e ele ateou fogo nos frutos, dizendo serem "obra do demônio". O aroma exalado pelos frutos torrados nas chamas atraiu todos os monges para descobrir o que estava causando aquele maravilhoso perfume e os grãos de café foram rastelados das cinzas e recolhidos. O abade mudou de idéia, sugeriu que os grãos fossem esmagados na água para ver que tipo de infusão eles davam, e os monges logo descobriram que o preparado os mantinha acordados durante as rezas e períodos de meditação. Notícias dos maravilhosos poderes da bebida espalharam-se de um monastério a outro e, assim, aos poucos espalharam-se por todo mundo.

As evidências botânicas sugerem que a planta do café origina-se na Etiópia Central (onde ainda crescem vários milhares de pés acima do nível do mar). Ninguém parece saber exatamente quando o primeiro café foi tomado lá (ou em qualquer parte), mas os registros dizem que foi tomado em sua terra nativa em meados do século XV Também sabemos que foi cultivado no Iêmen (antes conhecido como Arábia), com a aprovação do governo, aproximadamente na mesma época, e pensa-se que talvez os persas levaram-no para a Etiópia no século VI d.C., período em que invadiram a região.

À medida que o café tornou-se cada vez mais popular, salas especiais nas casas dos mais abastados foram reservadas para se tomar café, e casas de café começaram a aparecer nas cidades. A primeira abriu em Meca, no final do século XV e início do XVI e, embora originalmente fossem lugares de reuniões religiosas, esses amplos saguões onde os clientes se sentavam em esteiras de palha ou colchões sobre o chão, rapidamente tornaram-se centros de música, dança, jogos de xadrez, gamão, conversas em locais em que se faziam negócios. A primeira abriu em Meca, no final do século XV e início do XVI e, embora originalmente fossem lugares de reuniões religiosas, esses amplos saguões onde os clientes se sentavam em esteiras de palha ou colchões sobre o chão, rapidamente tornaram-se centros de música, dança, jogos de xadrez, gamão, conversas em locais em que se faziam negócios.

Sua popularidade espalhou-se por Cairo, Constantinopla e para todas as partes do Oriente Médio, mas os muçulmanos devotos desaprovavam todas as bebidas tóxicas, incluindo o café, e consideravam as casas de café como uma ameaça à observância religiosa. Às vezes, esses centros populares de diversão eram atacados e destruídos por fanáticos religiosos, e alguns governantes apoiavam a proibição do café e impunham punições aterrorizadoras: aqueles que desobedecessem poderiam ser açoitados, presos dentro de um saco de couro e atirados no Bósforo.

Enquanto isso, comerciantes europeus da Holanda, Alemanha e Itália certamente estavam exportando grãos e, também, tentando introduzir a lavoura em suas colônias. Os holandeses foram os primeiros a iniciar o cultivo comercial no Sri Lanka, em 1658, e então em Java, em 1699, e por volta de 1706 eles estavam exportando o primeiro café de Java e estendendo a produção para outras partes da Indonésia. Em 1714, os holandeses bem-sucedidos presentearam Luís XIV da França com um pé de café que cresceu numa estufa em Versailles e quando deu frutos, as sementes foram espalhadas e as mudas foram levadas para o cultivo na ilha de Réunion, na época chamada de Ilha de Bourbon. A variedade de arbustos de café que se desenvolveu daquela árvore em Paris tornou-se conhecida como o café Bourbon e foi a fonte original de grãos hoje conhecidos no Brasil como Santos e no México como Oaxaca.

Desenvolvimento do café
Como o café chegou ao Brasil

Em 1727 os portugueses compreenderam que a terra do Brasil tinha todas as possibilidades que convinham à cafeicultura. Mas infelizmente eles não possuíam nem plantas nem grãos. O governo do Pará, encontrou um pretexto para enviar Palheta, um jovem oficial a Guiana Francesa, com uma missão simples: pedir ao governador M. d’Orvilliers algumas mudas. M. d’Orvilliers seguindo ordens expressas do rei de França, não atende o pedido de Palheta. Quanto à Mme. d’Orvilliers, esposa do governador da Guiana Francesa, não resiste por muito tempo aos atrativos do jovem tenente. Quando Palheta já regressava ao Brasil, Mme. d’Orvilliers envia-lhe um ramo de flores onde, dissimuladas pela folhagem, se encontravam escondidas as sementes a partir das quais haveria de crescer o poderoso império brasileiro do café – um episódio bem apropriado para a história deste grão tão sedutor.

Do Pará, a cultura passou para o Maranhão e, por volta de 1760, foi trazida para o Rio de Janeiro por João Alberto Castelo Branco, onde se espalhou pela Baixada Fluminense e posteriormente pelo Vale do Paraíba.

O surto e incremento da produção do café foram favorecidos por uma série de fatores existentes á época da Independência. As culturas do açúcar e do algodão estavam em crise, batidas no mercado internacional pela produção das Antilhas e dos EUA; por isso, os fazendeiros precisavam encontrar outro produto de fácil colocação no mercado internacional. Além disso, a decadência da mineração libertou mão-de-obra e recursos financeiros na região Centro-Sul (Minas Gerais e Rio de Janeiro, principalmente) que podiam ser aplicados em atividades mais lucrativas. Em nível internacional, a produção brasileira foi favorecida pelo colapso dos cafezais de Java (devido a uma praga) e do Haiti (devido aos levantes de escravos e á revolução que tornou o pais independente). Outros fatores decisivos foram a estabilização do comércio internacional depois das guerras napoleónicas (Tratado de Versalhes, 1815) e a expansão da demanda europeia e americana por uma bebida barata.

A importância econômica do café refletiu-se na sua expansão geográfica. No início, difundiu-se pelo Vale do Paraíba (Rio de Janeiro e São Paulo), Sul de Minas e Espírito Santo. Depois, atingiu Campinas, no "Oeste Velho" de São Paulo; dali, expandiu-se para o chamado "Oeste Novo" (Ribeirão Preto e Araraquara) e passou, mais tarde, para as regiões de terra roxa do Norte do Paraná e Mato Grosso. Hoje, as áreas de cultivo localizam-se nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Bahia. Após a grande geada de 1975, houve um deslocamento das principais zonas produtoras do Norte do Paraná para áreas de clima mais favorável, como o sul de Minas Gerais e o interior capixaba.

A exportação brasileira do café começou a crescer a partir de 1816. Na década de 1830-1840, o produto assumiu a liderança das exportações do pais, com mais de 40% do total; o Brasil tornou-se, em 1840, o maior produtor mundial de café. Na década 1870-1880, o café passou a representar até 56% do valor das exportações. Começou então o período áureo do chamado ciclo do café que durou até 1930; no final do séc. XIX, o café representava 65% do valor das exportações do pais, chegando a 70% na década de 1920.

Fazenda brasileira de café - século XIX

Contudo, o crack da Bolsa de Nova York (1929) forçou a queda brusca no preço internacional do café (que caiu,em 1930, para pouco mais que a metade de seu valor em 1928), que continuou em queda até menos de 40% em 1931, ficando nesses níveis baixos durante muitos anos: só em 1947 é que os preços voltaram aos níveis de 1928. Essa situação agravou a crise de superprodução do café, cujos primeiros sinais apareceram no início do séc. XX.

Para enfrentar essa crise, os governadores dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro reuniram-se (fevereiro de 1906) no chamado Convênio de Taubaté, que definiu uma política para a valorização do produto: os governos estaduais comprometeram-se a comprar toda a produção e usar os estoques como instrumentos para impedir quedas e oscilações no preço do produto, além de proibir novos plantios.O Convênio de Taubaté representou a primeira intervenção oficial em defesa do café. Nos anos seguintes, o governo federal também tomou iniciativas nesse sentido. Mais tarde, após a crise de superprodução mundial de 1957, os países produtores e os grandes consumidores criaram o Acordo Internacional do Café (1962), que estabeleceu quotas de exportação para os países-membros.

O chamado "ciclo do café" teve repercussões econômicas e sociais importantes no Brasil. A expansão da lavoura levou à ampliação das vias férreas, principalmente em São Paulo; os portos do Rio de Janeiro e de Santos foram modernizados para sua exportação; a necessidade de mão-de-obra trouxe imigrantes europeus, principalmente depois da Abolição dos escravos; o café foi o primeiro produto de exportação controlado principalmente por brasileiros, possibilitando o acúmulo de capitais no pais. Em consequência, criou-se um mercado interno importante, principalmente no Centro-Sul, que foi o suporte para um desenvolvimento sem precedentes das atividades industriais, comerciais e financeiras. O café, sobretudo, consolidou a hegemonia política e econômica do Centro-Sul, transformando-o na região brasileira onde o desenvolvimento capitalista foi pioneiro e mais acentuado.

Desde os anos 50, a importância do café para a economia brasileira tem decrescido sensivelmente. Uma das conseqüências da crise mundial de 1957 foi o início da produção de café solúvel.

A participação do café nas exportações do pais diminuiu; em meados dos anos 70, o valor da exportação de manufaturados ultrapassou o do café, que, desde o início dos anos 80, responde por cerca de 10% do valor total das exportações brasileiras. Apesar disso, o café é ainda um dos principais produtos isolados exportados pelo país. São Paulo, que foi o maior produtor nacional desde o último terço do século passado, perdeu a primazia para o Paraná no final dos anos 50, mas sua produção ainda era significativa: em 1966-1967, por exemplo, metade de todos os cafeeiros do pais estava plantada nesses dois Estados. Vinte anos depois, em 1986-1987, era Minas Gerais que tinha o maior número de cafeeiros (mais de um terço do total nacional), seguindo-se São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Bahia (que tinham juntos 92% dos 3,5 bilhões de pés de café então existentes no país.)

Em 1996 o consumo mundial supera a barreira dos 100 milhões de sacas. Em 1997 o Brasil atinge quase 3 bilhões de dólares na exportação de café, tendo a Alemanha superado os Estados Unidos como maior importador.
Em 1998 o comitê do Conselho da Bolsa de New York coloca na pauta o café despolpado brasileiro.

Fontes:
Grande Enciclopédia Larousse Cultural
CAFÉ-La Dolce Vita - Asa Editores Ltda.

Aroma de Café- Luiz Norberto Pascoal
Le Café - Anne Vantal

A Bandeira do Brasil


A bandeira do Brasil como as de outros países é o símbolo da nação. Cada uma tem as suas cores, seus significados. A do Brasil é formada por um retângulo verde e sobre ele um losango amarelo, sobre os dois um círculo azul atravessado por um letreiro branco escrito as seguintes palavras em letra verde “Ordem e Progresso” e no circulo de cor azul também existe vinte e sete estrelas brancas. Uma das curiosidades sobre a bandeira do Brasil é que é uma de poucas que não possuem a cor preta ou vermelha em nenhuma de sua parte, pois essas cores estão associadas à guerra e sangue. A bandeira nacional do Brasil foi aceita desde 4 de novembro de 1889, mas dessa data até a aparência que ela tem atualmente, a bandeira passou por diversas mudanças, como aumentar as estrelas que as constituem, pois elas representam os estados brasileiros. E assim muitas outras mudanças até chegar aos dias de hoje.

A origem do sobrenome

“Ei! você conhece o fulano?”; “Que fulano?”; “Fulano de Sousa, Guimarães ou Rocha?”. Sem dúvida, muitas pessoas já tiveram a oportunidade de desenvolver um diálogo como esses. Contudo, não ache você que os sobrenomes sempre estiveram por aí, disponíveis em sua função de distinguir pessoas que tivessem o mesmo nome ou revelando a árvore genealógica dos indivíduos.

Até por volta do século XII, os europeus tinham o costume de dar apenas um nome para os seus descendentes. Nessa época, talvez pelo próprio isolamento da sociedade feudal, as pessoas não tinham a preocupação ou necessidade de cunharem outro nome ou sobrenome para distinguir um indivíduo dos demais. Contudo, na medida em que as sociedades cresciam, a possibilidade de conhecer pessoas com um mesmo nome poderia causar muita confusão.
Imaginem só! Como poderia repassar uma propriedade a um herdeiro sem que sua descendência fosse comprovada? Como enviar um recado ou mercadoria a alguém que tivessem duzentos outros xarás em sua vizinhança? Certamente, os sobrenomes vieram para resolver esses e outros problemas. Entretanto, não podemos achar que uma regra ou critério foi amplamente divulgado para que as pessoas adotassem os sobrenomes.

Em muitos casos, vemos que um sobrenome poderia ser originado através de questões de natureza geográfica. Nesse caso, o “João da Rocha” teve o seu nome criado pelo fato de morar em uma região cheia de pedregulhos ou morar próximo de um grande rochedo. Na medida em que o sujeito era chamado pelos outros dessa forma, o sobrenome acabava servindo para que seus herdeiros fossem distinguidos por meio dessa situação, naturalmente construída.

Outros estudiosos do assunto também acreditam que alguns sobrenomes apareceram por conta da fama de um único sujeito. Sobrenomes como “Severo”, “Franco” ou “Ligeiro” foram criados a partir da fama de alguém que fizesse jus à qualidade relacionada a esses adjetivos. De forma semelhante, outros sobrenomes foram cunhados por conta da profissão seguida por uma mesma família. “Bookman” (livreiro) e “Schumacher” (sapateiro) são sobrenomes que ilustram bem esse tipo de situação.

Quando você não tinha fama por algo ou não se distinguia por uma razão qualquer, o seu sobrenome poderia ser muito bem criado pelo simples fato de ser filho de alguém. Na Europa, esse costume se tornou bastante comum e pode ser visto alguns sobrenomes como MacAlister (“filho de Alister”), Johansson (“filho de Johan”) ou Petersen (“filho de Peter”). No caso do português, esse mesmo hábito pode ser detectado em sobrenomes como Rodrigues (“filho de Rodrigo”) ou Fernandes (“filho de Fernando”).

Hoje em dia, algumas pessoas têm o interesse de remontarem a sua arvore genealógica ou conhecer as origens da família que lhe deu sobrenome. Talvez, observando algumas características do próprio sobrenome, elas possam descobrir um pouco da história que se esconde por detrás do mesmo. Afinal de contas, o importante é saber que a ausência desses “auxiliares” nos tornaria mais um entre os demais.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Fonte: www.brasilescola.com/curiosidades

martes, 22 de marzo de 2011

Algo interesante, para comenzar

EU NÃO FALO PORTUGUÊS - Daniel Samper Pisano

Un hispanoparlante relata los infortunios que atravesó cuando cometió el error de pensar que el portugués era apenas una versión deshuesada del castellano

A diferencia de la mayoría de las personas que entienden idiomas pero no los hablan-, a mí me sucede con el portugués, que lo hablo pero no lo entiendo. Es decir, aprendí la música pero me falta la letra. Yo pensé que español y portugués se parecían tanto que no precisaba tomar clases. Sin embargo, para salir de dudas, resolví preguntárselo a Norma Ramos, una buena amiga portuguesa que ha vivido en el Brasil.

- Norma: dime la verdad: siendo el portugués una lengua derivada del español: ¿tú crees que necesito tomar clases de portugués? -le pregunté en el mejor portugués de que fui capaz.
- Al fondo a la derecha me contestó Norma, y siguió comiendo.
Fue una experiencia terrible. Allí mismo decidí que no sólo iba a tomar clases de portugués, sino que Norma tendría que ser mi profesora. Ella aceptó con resignación misericordiosa. Y como yo le insistiera que me hablase en portugués todo el tiempo, me dijo que desde el lunes nos sentaríamos a estudiar dentro de su escritório. Me pareció bastante estrecho el lugar, pero llegué el lunes decidido a todo.
Yo creía que el portugués era el idioma más fácil del mundo. Pero la primera lección que saqué es que resulta peligrosísimo justamente por lo que uno cree que se trata tan sólo de español deshuesado. Escritório no quiere decir escritorio, sino oficina; en cambio, oficina quiere decir taller y talher significa cubiertos de mesa. No me atrevía a preguntar a Norma cómo se dice escritorio (nuestra tradicional mesa de cajones); pero ella, que es tan inteligente, lo adivinó en mis ojos aterrados. Escritorio se dice escrevaninha, observó Norma ¿Escriba niña?, comenté desconcertado: Así le decimos a las secretarias. Norma sonrió con benevolencia. Le pedí que decretáramos un rato de descanso. Un rato en portugués es un ratón, respondió inflexible. Fíjate lo que me pasa por hablar como un loro, traté de disculparme. : Un louro en Brasil es un rubio, dijo ella.
Y rubio seguramente se dirá papagayo, comenté yo tratando de hacer un chiste. Glacial, Norma aclaró:
-Ruivo es pelirrojo, y papagayo es loro.
-Perdóname, Norma, pero es que yo hablo como si produjera basura.
-Vassoura no, Lixo. Vassoura quiere decir escoba.
-Y escoba, ¿significa?
-Escova significa cepillo.
Era suficiente para el primer día. A la siguiente lección regresé dispuesto a cometer la menor cantidad posible de errores. Le rogué a Norma que me regalara un café, a fin de empezar con la cabeza despejada. Me trajo café brasileño, a pesar de lo cual quise ser amable y dije que lo encontraba exquisito.

-No veo por qué te desagrada me contestó ella.
-Al contrario: lo encuentro exquisito insistí yo, sin saber que ya había cometido el primer error del día.
Esquisito quiere decir, en portugués, desagradable, extraño, suspiró Norma.

Confundido, le eché la culpa a la olla.
La panela, corrigió Norma. No lo noté endulzado, comenté yo. La panela en portugués es la olla, dijo Norma.
¿Y olla no quiere decir nada?, pregunté yo.
Olha quiere decir mira, contestó ella.
¿Supongo que tendrán alguna palabra para panela?, me atreví a decir (panela es como se llama en Sudamérica al azúcar morena).
Panela se dice rapadura, minho menino, sentenció Norma.
No quise preguntar qué significaba menino. De todos modos, no debía ser gato, como en español, sino chico, o algo así.
Norma estaba allí, en su escritório (¿en su panela?, ¿en su lixo?) esperándome con infinita paciencia. Siempre en portugués, le pedí perdón y le dije que me tenía tan abrumado el portugués, que ya no me acordaba de mi apellido. De tu sobrenome, dirás, comentó ella: Apelido quiere decir apodo. Intenté sonreír: Trataré de no ser tan torpe. Dijo Norma: No exageres: torpe es infame; inábil sí es torpe. Con este nuevo desliz se me subió la temperatura. Quise tomar un vaso de agua (vaso es florero corrigió ella-: copo es vaso y floco es copo) y me justifiqué diciendo que el viaje hasta su escritorio había sido largo, porque venía de una finca. Comprido, no largo; fazenda, no finca, dijo Norma. Largo quiere decir ancho, así como salsa significa perejil y molho significa salsa.
Me di por vencido. Acepté que el Portugués era un idioma difícil y entonces sí se le iluminaron los ojos a Norma. La cuestión era de orgullo. De ahí en adelante no me regañó sino que me mostró todas las diferencias que existen entre palabras homófonas de los dos idiomas. Caro se dice costoso, porque custoso quiere decir difícil; morado se dice roxo, porque rojo se dice vermelho, escenario se dice palco, porque palco se dice camarote, cadeira no es cadera, sino asiento, bilhete no es billete, sino nota: pero en cambio nota si quiere decir billete; maluco es loco y caprichosa es limpia, distinto es distinguido y presunto es jamón.
Era demasiado. Pedí permiso para no volver nunca a las clases de portugués, el idioma más difícil del mundo.
Por Daniel Samper Pisano
Fuente: Revista Cambio 16. Nro. 1132